domingo, 21 de março de 2010

Água não tratada mata mais que as guerras

As conseqüências relacionadas ao consumo de água não potável provocam cada ano mais vítimas mortais em todo o mundo que qualquer tipo de violência, incluída a guerra. Este é o dado demolidor difundido pela ONU, motivado pela passagem do Dia Mundial da água, neste 22 de março.


Este ano, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), quer destacar a importância do acesso a uma água de qualidade, focalizando seus esforços em conscientizar aos cidadãos, mas sobretudo aos governos e centros de poder para que se comprometam ativamente na defesa da água de qualidade mediante a luta contra a contaminação, a reciclagem das águas e a recuperação de recursos hídricos.

“O mundo conta com o conhecimento teórico para superar estes desafios e convertermos em melhores gestores de nossos recursos hídricos. A água é primordial para nossos objetivos de desenvolvimento”, afirmou o secretario geral da ONU, Ban Ki Moon, em sua mensagem oficial pelo Dia Mundial da Água.

Ao todo, estima-se que no mundo habitam 884 milhões de pessoas sem acesso à água potável, segundo a ONU, um bem fundamental que repercute na saúde, a segurança e qualidade de vida, especialmente de crianças e mulheres. Por exemplo, as doenças que se propagam pela água causa a cada ano a morte de mais de um milhão e meio de crianças ou, o que dá no mesmo, a cada 15 segundos morre uma criança por uma doença causada pela falta de acesso à água limpa para beber, pelo saneamento deficiente ou pela falta de higiene.

Os problemas da água são também geográficos e, uma vez mais, é a África subsaariana a região na qual os habitantes sofrem as piores conseqüências. Alem disso, o acesso à água aparece vinculado claramente à riqueza, já que os 20% mais ricos da população subsaariana tom o dobro de possibilidades de acessar água potável que os 20% mais pobre e cinco vezes mais opções de contar com condições de salubridade aceitáveis.



Falta de saneamento

A cada ano, a contaminação da água priva a Humanidade de recursos alimentares, tanto de pesca como agrícolas, e facilita a difusão de doenças. Além disso, prejudica gravemente os ecossistemas chaves, e agrava as condições de sociedades e economias de todo o planeta, uma circunstância catalizada pelo incremento da população mundial e os efeitos das mudanças climáticas.

Durante os últimso 50 anos, a atividade humana tem provocado a contaminação sem precedentes dos recursos hídricos. Estima-se que mais de dois bilhões e meio de pessoas no mundo vivem sem um sistema adequado de saneamento. A cada dia, dois milhões de toneladas de resíduos e outros efluentes são descartados sem nenhum controle. O problema é mais grave nos países em desenvolvimento, nos quais mais de 90% dos dejetos domésticos e 70% dos dejetos industriais são jogados na Natureza sem o devido tratamento.

Muitos dos contaminantes têm efeitos prejudiciais em longo prazo sobre a qualidade da água, o que se constitui num risco para a saúde das pessoas. Em conseqüência, a água doce disponível diminui de forma importante. Assim mesmo, a capacidade de os ecossistemas para proporcionar serviços se vê diminuída drasticamente, as vezes com efeitos irreversíveis. Conseqüentemente, o meio ambiente se degrada pela diminuição da produtividade da biomassa, a perda da diversidade biológica e a vulnerabilidade diante de outros fatores.

Em algumas regiões, mais de 50% das espécies nativas de água doce encontram-se em perigo de extinção, e é previsto que as repercussões das mudanças climáticas compliquem ainda mais a situação.
 
Leia na origem: el mundo
 
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Mais de 130 países declaram apoio à "economia verde" e biodiversidade

Indonésia - Mais de 130 países aprovaram hoje a Declaração de Nusa Dua sobre o Meio Ambiente, que destaca a importância da preservação da biodiversidade e da adoção de uma "economia verde", baixa em carbono e que freie a mudança climática.


Negociado durante o Fórum Ministerial Global sobre o Meio Ambiente, que terminou hoje, na Indonésia, o texto é o primeiro com categoria de declaração no âmbito das Nações Unidas aprovado por ministros da área na última década.

"Pouco após (a conferência de) Copenhague e da grande frustração que gerou, os ministros de Meio Ambiente de mais de 130 países voltaram a encontrar uma voz coletiva. O mundo deveria estar orgulhoso disto", afirmou o diretor-executivo do Programa das Nações Unida para o Meio Ambiente (Pnuma, na sigla em inglês), o alemão de origem brasileira Achim Steiner.

"Esta era a primeira prova depois de Copenhague e o sistema demonstrou sua capacidade de resposta", acrescentou Steiner.

A declaração de Nusa Dua aborda desde a preservação da biodiversidade à gestão de resíduos eletrônicos, passando pela defesa de uma "economia verde" e da globalização das políticas ambientais.

Segundo o diplomata, o documento aprovado, entre outras coisas, vai proteger o meio ambiente do lixo eletrônico e do tráfico ilegal de resíduos tóxicos e promoverá a aproximação entre os avanços científicos e a comunidade política.

Fonte: Jornal NH

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Estado terá seu inventário florestal

O Rio Grande do Sul contará em breve com um inventário florestal. A assinatura de um termo de cooperação entre a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a realização do Inventário Florestal Estadual/Nacional ocorrerá até o dia 20 de março próximo, segundo foi decidido em reunião, nesta quarta-feira (10), entre o secretário do Meio Ambiente, Berfran Rosado e o diretor e o gerente executivo do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente (MMA), José Natalício Macedo Silva e Joberto Veloso de Freitas, respectivamente. O levantamento consta entre as ações prioritárias do secretário Berfran desde que ele assumiu a pasta, no início de 2009. Também participaram do encontro o secretário adjunto da Sema, Giancarlo Tusi Pinto, o diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap-Sema), Rafael Ferreira e o consultor do MMA para o inventário, professor Doadi Antônio Brena.


O principal objetivo do documento é produzir informações sobre os recursos florestais do Brasil, tanto naturais como os plantados, a cada cinco anos, servindo de subsídio à formulação de políticas públicas de desenvolvimento, uso e conservação. Além disso, o documento produzirá informações para subsidiar a elaboração de relatórios para acordos e convenções internacionais, do quais o Brasil é signatário, tais como a Convenção da Biodiversidade, a Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, o Fórum Mundial das Nações Unidas sobre Florestas, entre outros.

Crédito: ASSECOM SEMA Texto: Jornalista Maria Cláudia Vasconcellos (RMT 6260)